quarta-feira, 31 de março de 2010
COQUELUCHE???
A coqueluche, também conhecida pelos nomes pertussis, tosse comprida, tosse com guincho e tosse espasmódica, é uma doença bacteriana que atinge o sistema respiratório cujas complicações - convulsões, pneumonias e encefalopatias - podem levar o indivíduo a óbito.
Causada pelas Bordetella pertussis e B. parapertussis, é disseminada por meio de gotículas e aerossóis de saliva e, no organismo, lesa os tecidos da mucosa. Seu período de incubação varia entre cinco e vinte e um dias.
Os primeiros sintomas são semelhantes aos da gripe e consistem em tosse, coriza, febre e olhos irritados: pertencentes ao estágio catarral. O próximo estágio, paroxístico, se desenvolve cerca de duas semanas após o anterior e tem como característica acessos de tosses sucessivas, com intervalos variáveis. Estas podem estar acompanhadas de muco, e a ocorrência de vômito é possível.
Tais eventos duram alguns minutos, a cada crise, e impedem que o indivíduo respire até que se sejam encerrados. No término o fôlego é retomado, geralmente por um “guincho respiratório”. As crises tendem a ser mais frequentes no período noturno.
Cerca de seis semanas após o início da manifestação da doença, os sintomas começam a desaparecer, progressivamente, até seu término: estágio de convalescença.
Essa doença bacteriana é mais grave quando ocorre em crianças com poucos meses de vida, já que a resistência dessas é menor e a falta de oxigênio momentânea pode afetar o organismo. Desta forma, em alguns casos, a internação é necessária.
Para diagnóstico, a observação do paciente e de seus sintomas é necessária. Exames de sangue e, em alguns casos, cultura das secreções a fim de identificar a presença da bactéria no organismo, complementam o exame.
O tratamento deve ser feito sob orientação médica e consiste basicamente no uso de antibióticos. Quanto à prevenção, o uso precoce da vacina é imprescindível. Em crianças, ela é distribuída gratuitamente em postos de saúde e é feita em três doses (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e dois reforços (aos 15 meses e aos 4 anos), mantendo a imunização por aproximadamente dez anos.
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